quinta-feira, 9 de abril de 2009

Riveira, frente e fundos.

E mesmo se tratando de verão dos infernos, o vento fresco na minha janela-à-noite não falha. Ele vem do morro. Do outro morro. Entre nós, um vale de buzinas, corredores de ônibus e funilarias. O vento fora de tempo, e sempre, parece que não deixa esquecer a cidade, que me diz: no outro morro há gatos, engendumbres, pátios divididos, os meus perigos e o espontâneo. Eu, do outro lado, me deleito quando o portão realmente abre com o meu controle; subo, deito, tremo, respeito o espaço entre-céu e me tapo esperando.

2 comentários:

alice disse...

hum! casinha nova?
não sabia que era na Riveira! ali é onde eu fiz capoeira!

Super disse...

não deixa de ser uma mágica mesmo abrir os portões com um click.