Ando caçando o momento do adormecer, tentando prestar atenção naquele segundo em que se cai no sono, uma busca de anos na qual não encontro resposta porque, obviamente, eu adormeço TODAS AS NOITES. Antes, claro, de me revirar com a insônia dos olhos que se agrada por demais da companhia dos pensamentos.
Toda noite é a mesma coisa, eu tento estar atenta ao exato segundo em que adormeço pra ver como é que acontece e, quando vejo, acordo de manhã. Mas essa noite eu saquei a hora exata do sono, vivi a explicação do dormir, foi tão legal que me despertei de novo e prometi que não ia esquecer.
É assim ó, dá sono pensar no trajeto do pensamento que se faz por galhos, fugas por links, associações nem tão livres assim. Retomar o trajeto dos pensamentos produz caminhos que já não fazem mais sentido. Tenta retroceder o pensamento que deu origem ao mais recente, tudo fica uma loucura: alucinação noturna, sonho, e é por esse desligamento da realidade lógica-organizativa, onde as linhas de raciocínio são compartilháveis, que os processos mentais, em alguma instância, se desligam do globo ocular, do tímpano, do olfato.
Há um desligamento com o mundo externo porque há esse desligamento com os sentidos das coisas. Enquanto há sentido lógico-circunscrito, o pensamento se liga aos sentidos, a essa superfície do corpo, mas quando entra a maluquice dos nossos pensamentos, ou melhor, dos nossos sonhos, o sensório desiste de ficar acompanhando, ativado; fica muito distraído com aquele delírio (isso do sentido – sense - e dos cinco sentidos pode dizer alguma coisa sobre a esquizofrenia e as drogas, talvez?).
O delírio - o sonho - é o que faz o cair em sono. Então tem esse jeito aí de induzir o delírio que é tentar pensar como chegamos a pensar o que estamos pensando: é difícil, se desvia e se fantasia, tudo de bom. Todos os dias enlouquecemos e temos barato, for free! pra libertar!
Toda noite é a mesma coisa, eu tento estar atenta ao exato segundo em que adormeço pra ver como é que acontece e, quando vejo, acordo de manhã. Mas essa noite eu saquei a hora exata do sono, vivi a explicação do dormir, foi tão legal que me despertei de novo e prometi que não ia esquecer.
É assim ó, dá sono pensar no trajeto do pensamento que se faz por galhos, fugas por links, associações nem tão livres assim. Retomar o trajeto dos pensamentos produz caminhos que já não fazem mais sentido. Tenta retroceder o pensamento que deu origem ao mais recente, tudo fica uma loucura: alucinação noturna, sonho, e é por esse desligamento da realidade lógica-organizativa, onde as linhas de raciocínio são compartilháveis, que os processos mentais, em alguma instância, se desligam do globo ocular, do tímpano, do olfato.
Há um desligamento com o mundo externo porque há esse desligamento com os sentidos das coisas. Enquanto há sentido lógico-circunscrito, o pensamento se liga aos sentidos, a essa superfície do corpo, mas quando entra a maluquice dos nossos pensamentos, ou melhor, dos nossos sonhos, o sensório desiste de ficar acompanhando, ativado; fica muito distraído com aquele delírio (isso do sentido – sense - e dos cinco sentidos pode dizer alguma coisa sobre a esquizofrenia e as drogas, talvez?).
O delírio - o sonho - é o que faz o cair em sono. Então tem esse jeito aí de induzir o delírio que é tentar pensar como chegamos a pensar o que estamos pensando: é difícil, se desvia e se fantasia, tudo de bom. Todos os dias enlouquecemos e temos barato, for free! pra libertar!